Manifestantes vão tentar ocupar os pedágios paulistas nesta segunda-feira (1º) para exigir a redução nas tarifas e mudanças no modelo de concessão. A convocação feita por meio eletrônico é assinada por nove grupos, entre eles o Movimento Passe Livre (MPL), que se mobilizou pela redução nas tarifas de ônibus. Entre os pontos de concentração divulgados pelos manifestantes estão o bairro de Moreira César, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba; a SP-75, em Indaiatuba, região de Campinas, e a Praça da Moça, em Diadema, região metropolitana de São Paulo. Desses locais, os grupos se deslocam, a partir das 17h30, para pedágios próximos.
De acordo com nota distribuída pelos movimentos, além da redução nas tarifas, o objetivo é levar o governo estadual a mudar os contratos de concessão de outorga onerosa para o modelo de menor tarifa. Segundo a nota, as rodovias Fernão Dias e Régis Bittencourt foram transferidas à iniciativa privada pelo modelo de menor tarifa, pelo qual o governo federal não recebe repasses das concessionárias e a margem de lucro delas é de 8,5%. Em razão disso, o custo do pedágio nessas rodovias é quatro vezes menor que nas estaduais. O pedágio nas rodovias do Estado representa 24% do custo do frete.
Sindicatos de transportadores de cargas da região de Sorocaba manifestaram apoio à mobilização, mas até a tarde deste domingo não tinham confirmado participação nos protestos.
domingo, 30 de junho de 2013
Manifestantes tentarão ocupar pedágios em SP amanhã.
sábado, 29 de junho de 2013
Popularidade de Dilma Rousseff cai a 30% após protestos.
A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu de 57% a 30% desde a primeira semana de junho, impactada pelos grandes protestos nas ruas que exigiam melhores serviços e o combate da corrupção, segundo uma pesquisa do instituto Datafolha publicada neste sábado.
A quantidade de entrevistados que consideram o governo de Dilma "ruim ou péssimo" aumentou de 9% a 25% desde a pesquisa de 6 e 7 de junho.
Em março, a presidente tinha popularidade de 65%.
Em junho, Dilma Rousseff perdeu mais de 20 pontos de popularidade em todas as regiões do país, segundo a pesquisa.
Os protestos explodiram há mais de duas semanas motivadas inicialmente pelo aumento dos preços das passagens dos transportes públicos, mas depois viraram um gigantesco movimento que pede serviços públicos melhores e mais investimentos em áreas como saúde e educação.
Os milhares de brasileiros que saíram às ruas de várias cidades também criticaram a corrupção dos políticos e os gastos bilionários na organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014.
Durante os protestos de 20 de junho, mas de um milhão de brasileiros saíram às ruas. Em alguns momentos, as manifestações terminaram com confrontos com a polícia e cenas de violência.
Antes do início dos protestos, a Dilma Rousseff era considerada favorita para a reeleição nas eleições presidenciais de outubro de 2014.
A popularidade da presidente já havia registrado queda entre março e junho, de 65% a 57%, afetada pelo lento crescimento da economia e a alta da inflação.
A pesquisa do instituto Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios do país, que tem 194 milhões de habitantes. A pesquisa tem margem de erro de 2%.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Oposição vê 'manobra diversionista' em plebiscito e defende referendo Para PSDB, DEM e PPS, reforma política é 'complexa' e exige referendo. Nota de partidos diz que plebiscito tenta encobrir 'incapacidade' do governo.
Partidos de oposição (PSDB, DEM e PPS) divulgaram nesta quinta-feira (27) nota na qual se dizem favoráveis à consulta popular sobre reforma política , mas não sob a forma de plebiscito.
O texto da nota classifica a proposta de plebiscito do governo de "manobra diversionista" e defende o referendo como meio para aferir o desejo do eleitorado.
"Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar", diz o texto da nota.
Pelo plebiscito, o eleitor é consultado sobre os vários pontos da reforma política, vota em relação a cada um e depois, de posse do resultado, o Congresso elabora a legislação. Pelo referendo, o Congresso debate previamente a reforma política, elabora a lei, e o eleitor vota, dizendo se é a favor ou contra o novo conjunto de normas.
"A iniciativa do plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra diversionista, destinada a encobrir a incapacidade do governo de responder às cobranças dos brasileiros, criando subterfúgio para deslocar a discussão dos problemas reais do país. Tudo isso se dá enquanto se agrava o cenário econômico, com recrudescimento da inflação, pífio crescimento e acelerada perda de credibilidade do governo aos olhos dos brasileiros e do mundo", diz o texto da nota, assinada pelos presidentes de PSDB (senador Aécio Neves), DEM (senador José Agripino) e PPS (deputado Roberto Freire).
Para os partidos de oposição, a ideia lançada pela presidente Dilma Rousseff de se realizar um processo constituinte para a reforma política – da qual o governo desistiu – foi "uma tentativa golpista".
De acordo com o texto, agora, o que se busca é "multiplicar a polêmica em torno da realização de plebiscito sobre a reforma política. Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio, manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro".
Leia abaixo a íntegra da nota dos partidos de oposição.
Nota das oposições
Os partidos de oposição ao governo federal – Democratas, PPS e PSDB – estão firmemente empenhados em buscar soluções e respostas para os problemas e anseios que os brasileiros têm manifestado nas ruas, de forma democrática e pacífica.
Por esta razão, ofereceram ao amplo debate uma agenda propositiva, que há tempos defende, com medidas práticas e factíveis de curtíssimo prazo, nos campos do imprescindível combate à corrupção, ampliação da transparência na área pública e fortalecimento das políticas nacionais de saúde, segurança, educação, infraestrutura e combate à inflação.
Os partidos de oposição denunciam e condenam a estratégia do governo federal de, ao ver derrotada a tentativa golpista de uma constituinte restrita, buscar, agora, multiplicar a polêmica em torno da realização de plebiscito sobre a reforma política. Se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio, manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro.
Somos favoráveis à consulta popular. Mas não sob a forma plebiscitária do sim ou não. Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar.
A iniciativa do plebiscito, tal como colocada hoje, é mera manobra diversionista, destinada a encobrir a incapacidade do governo de responder às cobranças dos brasileiros, criando subterfúgio para deslocar a discussão dos problemas reais do país. Tudo isso se dá enquanto se agrava o cenário econômico, com recrudescimento da inflação, pífio crescimento e acelerada perda de credibilidade do governo aos olhos dos brasileiros e do mundo.
As oposições registram que continuarão debatendo, como sempre fizeram, as questões que interessam aos brasileiros. Jamais faremos oposição ao País.
Brasília, 27 de junho de 2013
Aécio Neves – Presidente nacional do PSDB
José Agripino – Presidente nacional do Democratas
Roberto Freire – Presidente nacional do PPS
Instituições brasileiras impulsionam reformas com pressão de protestos.
Depois de deputados derrubarem PEC 37 e decidirem uso de royalties do petróleo, Senado aprovou projeto que transforma crimes de corrupção em hediondos. País viveu novo dia de mobilização, com uma morte em Belo Horizonte.
Nos últimos dois dias, as instituições brasileiras deram sinais de que estão ouvindo as reivindicações populares e acelerando a aprovação de medidas que atendam às exigências de manifestantes de todo o país. Câmara e Senado realizaram votações de projetos polêmicos – como a PEC 37, o destino a ser dado aos royalties do petróleo brasileiro e a transformação em crimes de corrupção em hediondos –, assim como a preparação de uma consulta popular sobre reforma política. Ainda assim, a quarta-feira (26/06) foi dia de protestos em várias cidades do país.
Durante o jogo entre o Brasil e o Uruguai em Belo Horizonte, pela semifinal da Copa das Confederações, o Senado federal aprovou em Brasília um projeto de lei que inclui as práticas de corrupção ativa e passiva, concussão, peculato e excesso de exação na lista de crimes hediondos.
Segundo a Agência Brasil, esses crimes de corrupção agora passam a ser inafiançáveis e as penas mínimas ficam maiores. No caso da corrupção ativa, por exemplo – quando se oferece a um funcionário público vantagem indevida para que ele cumpra alguma função – a pena passa a ser de 4 a 12 anos de reclusão, equanto a pena atual é de 2 a 12 anos.
Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto, e terão mais dificuldades para conseguir benefícios como liberdade condicional.
O projeto agora segue para tramitação na Câmara dos Deputados. Segundo a imprensa brasileira relatou logo após a decisão, o presidente da Casa, deputado Henrique Alves (PMDB-RN) ainda não sinalizou se vai dar prioridade ao projeto. Se sofrer alterações, o texto terá de voltar ao Senado antes de ser encaminhado à presidente Dilma Rousseff.
Existem várias propostas semelhantes no Senado, mas o presidente do órgão, Renan Calheiros (PMDB-AL) escolheu o de autoria do ex-procurador da República Pedro Taques (PDT-MT), que estava na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto de Taques altera tanto a Lei de Crimes Hediondos do Brasil quanto o Código Penal do país.
Porém, o texto original previa a qualificação de hediondo apenas para os crimes de corrupção ativa e passiva e de concussão – que é a exigência ou obtenção de vantagens indevidas para si ou outra pessoa usando a função exercida.
O relator do projeto, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), incluiu também os crimes de peculato (funcionário público que usa o cargo para se apropriar de dinheiro ou bens públicos ou particulares) e excesso de exação (quando o funcionário público cobra indevidamente impostos ou serviços oferecidos gratuitamente pelo estado).
O relator acatou igualmente uma emenda do senador José Sarney (PMDB-AP), que inclui na lista de crimes hediondos o homicídio simples cometido de maneira qualificada (com intenção de matar e causar sofrimento à vítima). Segundo a Agência Brasil, Sarney alegou que um crime praticado contra a vida está entre os mais graves "e não poderia ficar fora da lista."
Outra alteração do projeto inclui o peculato qualificado (quando o crime é cometido por autoridades como ministros, membros do Poder Judiciário ou do Ministério Público, por exemplo) na lista de crimes hediondos. A medida aumentaria em um terço a pena de reclusão prevista atualmente, de quatro a 12 anos.
Belo Horizonte vive dia de protestos e tumultos
Em Belo Horizonte, cerca de 50 mil pessoas ocuparam as ruas desde o início da tarde. Assim como em outros dias, a manifestação começou pacífica, mas, ao logo da tarde e durante a noite, houve confrontos e depredações. Segundo informações extraoficiais, 24 pessoas teriam ficado feridas. Um jovem de 21 anos morreu depois de cair de um viaduto durante confronto entre polícia e manifestantes. Ele tinha sofrido múltiplas fraturas após a queda. Outro jovem de 23 anos foi atingido por uma bala de borracha. Mais de 40 pessoas teriam sido presas.
Uma parte das pessoas que ocupavam as ruas da capital mineira tentou seguir até o Estádio Mineirão, onde acontecia a partida de futebol. Os manifestantes foram impedidos de atravessar o bloqueio montado pela polícia nas proximidades do estádio. A Polícia Militar foi auxiliada por 160 oficiais da Força Nacional de Segurança.
Durante a tarde, alguns grupos seguiram para outras partes da cidade, como a região da Pampulha. Houve saques e depredações. Várias concessionárias de veículos foram invadidas e incendiadas. A PM, que tinha 5.500 efetivos nas ruas, chegou a usar um carro de som para pedir que os manifestantes pacíficos mantivessem distância dos autores de ações de vandalismo.
Na região central, um pequeno grupo seguiu com a manifestação na Praça Sete de Setembro, mas as forças policiais controlaram a situação. Também houve registro de avenidas e rodovias bloqueadas durante o dia.
Brasília
Na capital federal, a Polícia Militar chegou a estimar a participação de cerca de 5 mil manifestantes na região central da cidade. Ao longo do dia, a PM registrou 40 prisões. Foram deslocados 4 mil policiais que isolaram o Congresso Nacional, o Palácio do Itamaraty (sede do Ministério das Relações Exteriores) e a Catedral de Brasília, prédios que sofreram depredações em protestos na semana passada. Cerca de mil desses policiais foram responsáveis por uma espécie de bloqueio para revistar os manifestantes que entravam na área da Esplanada dos Ministérios.
Em um momento de tensão, os policiais que faziam a proteção do Congresso Nacional jogaram bombas de gás para retaliar ataques perpetrados por um grupo de manifestantes, que usavam rojões e sinalizadores. Mas organizadores da marcha denunciam que a retaliação acabou não sendo dirigida ao grupo que provocava os policiais, mas sim a um grupo maior que protestava pacificamente.
A partir desse momento, houve dispersão. Um grupo considerado minoria e não representativo do movimento seguiu para a área comercial da cidade e tentou invadir um shopping. A polícia conteve a ação e prendeu os invasores.
Entre os grupos que participaram do protesto na capital, estão o Dia do Basta, a Marcha do Vinagre e o Movimento Fora Feliciano (contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano).
Apesar dos momentos da tensão, houve também momentos de gestos simbólicos. A movimentação começou ainda pela manhã com a colocação de 513 bolas de futebol no gramado diante do Congresso. Com a chegada dos manifestantes ao local, no final da tarde, as bolas de futebol foram arremessadas por cima do bloqueio de policiais. Segundo os organizadores da marcha, a ideia era "passar a bola" para os 513 deputados federais para que eles, agora, atendam às demandas da sociedade.
Outros mil manifestantes se deslocaram, durante a noite, até o Estádio Nacional Mané Garrincha e organizaram um abraço simbólico enquanto reforçavam as reivindicações.
Manifestações pelo país
Novas manifestações também foram registradas em outras cidades. Em São Paulo, cerca de 200 pessoas caminharam na região da Avenida Paulista, no centro da capital do estado. Os manifestantes pediram a saída do deputado Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. O parlamentar é alvo de críticas desde a sua eleição, em março deste ano. As críticas ficaram mais intensas desde que a comissão aprovou, na última sexta-feira (21/06), o projeto que está sendo chamado de "cura gay" e que retira da legislação a proibição de psicólogos tratarem a homossexualidade como doença.
No Recife, a PM calculou em 500 o número de participantes da manifestação. Segundo a polícia, três pessoas foram detidas.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Politica.
Governo vai ao TSE para definir formato de consulta sobre reforma política
O governo consultará a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, para checar as datas possíveis para o plebiscito.
Após recuar da convocação de constituinte específica para a reforma política, Dilma orientou sua equipe a destacar que o importante é que a "voz das ruas" será ouvida por meio de plebiscito.
A mudança na proposta da presidente veio depois de encontro com o vice, Michel Temer (PMDB-SP), e foi anunciada à noite pelo ministro Aloizio Mercadante (Educação), após encontro de Dilma com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
"A convergência possível foi em relação ao plebiscito", afirmou Mercadante, citando a proposta apresentada à presidente por Michel Temer, com a qual os presidentes do Senado e da Câmara teriam fechado consenso.
Segundo o ministro, a ideia de convocar constituinte específica gerou "polêmica constitucional" no meio jurídico. Temer disse a Dilma que a constituinte específica era "inviável juridicamente" e defendeu plebiscito no qual a população definiria os principais pontos de uma mudança no sistema partidário e eleitoral brasileiro.
Nos próximos dias, a presidente vai chamar líderes governistas e da oposição para definir o formato do plebiscito, como também quais as perguntas a serem feitas.
O governo consultará a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, para checar as datas possíveis para o plebiscito.
Especialista em direito constitucional, Temer foi escanteado da decisão original. Somente ontem pela manhã foi recebido pela presidente para conversar sobre a proposta apresentada anteontem a governadores e prefeitos.
O vice apresentou então a Dilma uma alternativa, a realização de plebiscito no qual a população já definiria os principais pontos de uma mudança no sistema partidário e eleitoral brasileiro.
Por exemplo, a população responderia a questões como: é a favor do financiamento púbico, privado ou misto; do voto distrital, distrital misto, proporcional; da fidelidade partidária. Depois de a população opinar, o Congresso seria obrigado a votar lei implementando as decisões.
Na proposta de Temer, Dilma enviará mensagem ao Congresso com essa sugestão de plebiscito. O Legislativo terá de aprovar a ideia.
No início de agosto, seria feita campanha publicitária no rádio e TV esclarecendo a população. O plebiscito ocorreria em data a partir de 20 de agosto, o que daria tempo para o Congresso votar a lei implementando as decisões até 3 de outubro. Com isso, as regras já valeriam para a próxima eleição, porque teriam sido aprovadas um ano antes.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Câmara rejeita Assembleia Constituinte proposta por Dilma.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, disse nesta terça-feira que o Legislativo "recusa" uma Assembleia Constituinte para discutir uma reforma política, como propôs ontem a presidente Dilma Rousseff.
"Esta Casa tem o dever de debater sobre ela (reforma política), mas não via Constituinte específica. Em momento algum esta Casa pensou em aceitar", declarou Alves, que se comprometeu a retomar o tema no segundo semestre deste ano.
Alves admitiu que "o país quer uma reforma política" e que assim expressaram os grandes protestos que há duas semanas se espalharam pelo Brasil quase diariamente.
O presidente da Câmara esclareceu que "todas as propostas que sejam apresentadas, seja pela presidente ou pela sociedade civil, serão bem-vindas" na Casa, que criará "um grupo de trabalho para que, durante o segundo semestre, possa ser aprovada uma reforma política".
O Congresso discute a reforma política há mais de 15 anos e esse foi precisamente um dos argumentos que Dilma usou para justificar sua proposta, apresentada em reunião com prefeitos e governadores para dar resposta às manifestações.
Dois caixas eletrônicos são alvo de criminosos na rodovia dos Imigrantes Um foi explodido e outro arrombado por volta das 4h desta terça-feira (25). Criminosos não conseguiram levar o dinheiro dos equipamentos.
Dois caixas eletrônicos foram danificados na madrugada desta terça-feira (25) na rodovia dos Imigrantes, na altura de Cubatão (SP). Segundo informações da polícia, o crime aconteceu por volta das 4h.
Os equipamentos estavam instalados dentro de um posto de combustíveis na rodovia dos Imigrantes. Um dos caixas foi explodido e o outro foi arrombado. Mesmo assim, de acordo com a polícia, os criminosos não conseguiram ter acesso ao dinheiro dos caixas e saíram sem levar nada. Por enquanto, ninguém foi preso.
EMTU reduz tarifa de ônibus intermunicipais da Grande SP e da Baixada Santista Passagens vão ficar, em média, R$ 0,15 mais baratas a partir de 1º de julho.
A partir da próxima segunda-feira (1º) as tarifas dos ônibus intermunicipais que circulam na Grande São Paulo e na Baixada Santista vão ficar mais baratas, conforme anunciou a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), no fim da tarde desta segunda-feira (24). Os valores dependem de cada linha, mas a média de redução das passagens vai ser de R$ 0,15.
A empresa ainda informou que a tarifa dos ônibus do Corredor Metropolitano ABD (São Mateus – Jabaquara) será reduzida em R$ 0,20. No dia 2 deste mês, o reajuste das passagens das 13 linhas operadas pela concessionária Metra foi de 9,68%, acima da inflação.
De acordo com a assessoria de imprensa da EMTU, mesmo após a forte onda de protestos, foram analisados os orçamentos e foi feito um estudo para definir qual seria a redução possível.
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Capital
Na capital, os ônibus voltaram a ter a tarifa de R$ 3 nesta segunda-feira (24). O mesmo aconteceu com o valor das passagens do metrô e dos trens da CPTM, após a revogação do aumento, anunciada pelo governador, Geraldo Alckmin, e pelo prefeito, Fernando Haddad, na semana passada.
Polícia reforça policiamento na Maré, no Rio, após morte de morador e PM Cem policiais com apoio de um blindado estão na favela Nova Holanda. Tiroteio ocorreu depois que suspeitos fizeram arrastão na Avenida Brasil.
Cem policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), estão na manhã desta terça-feira (25), no interior da favela Nova Holanda, no Conjunto de Favelas da Maré, em Bonsucesso, no Subúrbio do Rio. Eles contam com o apoio de um blindado. Equipes da Força Nacional de Segurança também estão na região do 22º BPM (Maré), fazendo reforço do policiamento.
Na noite de segunda-feiira (24), um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e um morador morreram durante um confronto no região. O morador, identificado como Eraldo Santos da Silva, de 41 anos, foi atingido na cabeça. Outras cinco pessoas também foram baleadas e encaminhadas para o Hospital Federal de Bonsucesso, conforme mostrou o Bom Dia Rio desta terça-feira (25). Segundo informações do HFB, os feridos não correm risco de morrer.
O sargento da PM, Ednelson Jerônimo dos Santos, de 42 anos, estava há 17 na corporação. O tiroteio aconteceu durante uma operação que tinha o objetivo de buscar suspeitos que fizeram um arrastão na Avenida Brasil após o fim de um protesto em Bonsucesso, também no Subúrbio da cidade. Os criminosos roubaram pedestres em passarelas e pontos de ônibus.
Quatorze suspeitos foram detidos, entre eles, cinco menores, segundo informações da polícia.
Sem ter para onde ir, moradores que chegavam do trabalho, passaram parte da madrugada na rua. Eles só voltaram para casa quando a situação acalmou. A todo momento policiais paravam veículos e faziam revistas.
Vias fechadas
Durante o protesto, os criminosos fecharam por alguns minutos a Avenida Brasil, na altura de Manguinhos. O grupo jogou pedras nos carros e montou pequenas barricadas com pilhas de lixo e ateou fogo em caixotes, para tentar impedir o tráfego de veículos.
Houve tiroteio, mas segundo a PM, não houve registro de reclamações de roubos e furtos. Motoristas que estavam no local tentaram retornar pela contramão com medo do confronto.
sábado, 22 de junho de 2013
Novos protestos são convocados para este sábado, apesar de pronunciamento de Dilma 22 de junho de 2013 | 12h04 | atualizado às 12h08.
Novas manifestações foram convocadas nas redes sociais para este sábado em todo o país, apesar do discurso da presidente Dilma Rousseff, que prometeu um grande pacto nacional para melhorar os serviços públicos.
Dilma admitiu precisar de "formas mais eficazes de combate à corrupção" e prometeu "escutar as vozes da rua", em um comunicado à nação em rede nacional após protestos que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas.
A presidente propôs um plano nacional de mobilidade que privilegie o transporte público, destinar 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação, trazer milhares de médicos estrangeiros para ampliar o sistema de saúde e receber os líderes das manifestações pacíficas, de sindicatos, movimentos de trabalhadores e associações populares.
Ainda assim o movimento Passe Livre de São Paulo (MPL), que desencadeou o movimento de protestos contra o aumento do custo do transporte, indicou neste sábado que as manifestações irão continuar, após vários de seus porta-vozes afirmarem na sexta-feira que suspenderiam as ações.
"Não estamos suspendendo os protestos. Sempre afirmamos que a luta contra o aumento - das tarifas de ônibus- iriam continuar até a revogação. Agora que a tarifa baixou, vamos continuar a luta pela tarifa zero" anunciou em sua página no Facebook.
Vários porta-vozes disseram na sexta-feira que iriam suspender os protestos por rejeitarem a violência registrada em algumas manifestações. Eles também criticaram a virulência contra membros de partidos políticos que participaram das caminhadas.
Em Belo Horizonte, a terceira maior cidade do Brasil, foi convocada uma manifestação que pretende seguir até o estádio do Mineirão, que receberá a partida pela Copa das Confederações entre Japão e México. "A Copa para quem?", questionavam os organizadores.
A cidade prometeu um forte esquema de segurança.
Em Salvador também foi marcado um protesto coincidindo com a partida entre Brasil e Itália, embora não esteja nos planos uma ida até o estádio.
Outros protestos foram organizados em 12 cidades, incluindo Brasília e São Paulo, contra a Proposta de Emenda Constitucional 37/2011, a PEC 37, que prevê acabar com o poder de investigação do Ministério Público.
Em meio às manifestações, e ao perceber que esta questão também é levantada pelos manifestantes, que veem nesta restrição dos poderes do Ministério Público um meio para os corruptos permanecerem impunes, o Congresso decidiu, na semana passada, adiar essa votação. "Nós não queremos o adiamento, queremos o arquivamento", proclama a chamada.
Nas redes sociais começaram as reações ao discurso à nação da presidente Dilma, que prometeu trabalhar por melhores serviços e ouvir a voz das ruas. Uma das imagens postadas e replicadas era a de um homem quase dormindo: "Minha cara enquanto a Dilma fala", dizia a legenda. Outros, no entanto, elogiaram a declaração da presidente, denunciando a corrupção e reconhecendo como legítima as reivindicações dos manifestantes.
Inicialmente contra o aumento dos transportes públicos, uma medida que foi revertida em várias cidades do país após a onda de protestos, as manifestações em todo o Brasil se referem a uma reivindicação geral contra a má qualidade dos serviços públicos, a corrupção e os gastos milionários com a Copa do Mundo de 2014.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Dilma convoca reunião de emergência com ministros para esta sexta-feira.
BRASÍLIA - A presidente convocou uma reunião, marcada para as 9h30 desta sexta-feira, com vários ministros, tendo à frente o da Justiça, José Eduardo Cardozo, para analisar a situação no país, depois dos protestos de hoje, e determinar providências de governo, principalmente para conter a onda de violência.
Com as manifestações crescendo país afora e ameaçando chegar às portas da Presidência, aumentou a preocupação no meio político, com especulações de que Dilma poderá convocar cadeia nacional de rádio e televisão para falar ao povo. O Planalto negou a convocação de cadeia nacional, mas a ideia ainda não está descartada.
Também entre os políticos havia a informação de que Dilma poderia ser aconselhada a convocar o Conselho da República, um órgão para assessorar o chefe da nação em momentos de crise, presidido por ele e composto pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado e líderes da maioria e da minoria no Congresso.
Além de Cardozo, devem participar da reunião desta sexta-feira no Planalto, os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Relações Institucionais), Aloizio Mercadante (Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Em meio a protestos, Dilma altera agenda de viagens.
As inúmeras manifestações pelo país levaram a presidente Dilma Rousseff a mudar sua agenda de viagens para os próximos dias, cancelando a visita que faria ao Japão e adiando a reunião que faria com governadores do Nordeste em Salvador.
"Ela não quer ficar uma semana longe do Brasil neste período de manifestação", argumentou a secretaria de comunicação da Presidência da República nesta quinta aos jornalistas.
A Presidência não informou ainda uma nova data para as viagens.
No Japão, a presidente cumpriria uma agenda oficial de reuniões com o primeiro-ministro Shinzo Abe e com o imperador Akihito, entre os dias 26 e 28 de junho. Ela também participaria de uma reunião com empresários.
Em Salvador, havia previsão de que ela anunciasse um plano de financiamento para a agricultura para a região do semiárido.
A secretaria de imprensa argumentou que os governadores estavam envolvidos com a realização da Copa das Confederações e que, por isso, seria melhor fazer o anúncio em outra data.
Os protestos levaram centenas de milhares de pessoas às ruas, que inicialmente reivindicavam redução no preço das passagens do transporte público.
Depois de alguns dias, porém, as manifestações ganharam corpo e a pauta de reivindicações ficou difusa e incorporou reclamações contra a corrupção, gastos para realização da Copa do Mundo e até mesmo matérias legislativas como a Proposta de Emenda Constitucional que limita o poder de investigação do Ministério Público, a chamada PEC 37.
Em meio a protestos, Dilma altera agenda de viagens.
As inúmeras manifestações pelo país levaram a presidente Dilma Rousseff a mudar sua agenda de viagens para os próximos dias, cancelando a visita que faria ao Japão e adiando a reunião que faria com governadores do Nordeste em Salvador.
"Ela não quer ficar uma semana longe do Brasil neste período de manifestação", argumentou a secretaria de comunicação da Presidência da República nesta quinta aos jornalistas.
A Presidência não informou ainda uma nova data para as viagens.
No Japão, a presidente cumpriria uma agenda oficial de reuniões com o primeiro-ministro Shinzo Abe e com o imperador Akihito, entre os dias 26 e 28 de junho. Ela também participaria de uma reunião com empresários.
Em Salvador, havia previsão de que ela anunciasse um plano de financiamento para a agricultura para a região do semiárido.
A secretaria de imprensa argumentou que os governadores estavam envolvidos com a realização da Copa das Confederações e que, por isso, seria melhor fazer o anúncio em outra data.
Os protestos levaram centenas de milhares de pessoas às ruas, que inicialmente reivindicavam redução no preço das passagens do transporte público.
Depois de alguns dias, porém, as manifestações ganharam corpo e a pauta de reivindicações ficou difusa e incorporou reclamações contra a corrupção, gastos para realização da Copa do Mundo e até mesmo matérias legislativas como a Proposta de Emenda Constitucional que limita o poder de investigação do Ministério Público, a chamada PEC 37.
Reajustes das tarifas de ônibus no Rio são cancelados já nesta quinta (20).
O prefeito Eduardo Paes disse que redução vai custar R$ 200 milhões para a prefeitura e que ainda vai avaliar em que áreas haverá cortes.
No Rio de Janeiro , as autoridades também cancelaram os reajustes das tarifas de ônibus já a partir desta quinta (20). E também haverá redução no preço das barcas, dos trens e do metrô.
O anúncio foi feito no início da noite pelo prefeito Eduardo Paes . “Eu venho aqui hoje, depois de refletir muito sobre o tema para anunciar que nós vamos suspender o aumento de R$ 0,20 concedido agora mo início de junho”, declara Eduardo Paes.
O aumento de R$ 2,75 para R$ 2,95 tinha entrado em vigor no dia 1º de junho. E foi uma das principais motivações para os protestos dos últimos dias.
Eduardo Paes disse que a prefeitura vai arcar com os custos da redução, um impacto de R$ 200 milhões só este ano. E que ainda vai avaliar em que áreas haverá cortes.
“Isso gera custo e consequência, portanto nos vamos pressionar o congresso, pressionar o Governo Federal também pra que mais medidas sejam tomadas para que esse custo possa ser repartido entre os entes subnacionais e o Governo Federal”, diz Eduardo Paes.
A passagem dos ônibus mais barata passa a valer a partir desta quinta-feira (20). O preço de R$ 2,75 será único para todos os ônibus, inclusive com ar condicionado. O valor dos trens, barcas e metrô também vai ser reduzido, mas somente partir de sexta-feira (21).
A maior redução anunciada pelo governo do estado foi nas tarifas do metrô e das barcas, que chegou a R$ 0,30. O preço da passagem nos trens vai cair R$ 0,20.
Nas ruas, passageiros comentaram a novidade. “Pode parecer pequeno, R$ 0,20, mas no final do mês dá uma diferença grande no bolso”, diz Eduardo da Silva, operador de telemarketing.
“Eu achei que foi uma conquista e tanto. Há muitos anos, há mais de 20 anos que a gente não tem isso no nosso país, então é emocionante, emocionante”, declara Élcio Nascimento, analista de sistemas.
“Eu acho que abre um precedente. Eu só não concordo com essa baderna que estão fazendo. Porque uma coisa é você lutar pelo que você acha que é justo, e outra coisa é você fazer depredações, esse tipo de coisa que vem acontecendo”, diz Maria Helena Nogueira, advogada.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Mulher morre e filho continua desaparecido em Salvador.
Uma mulher de 23 anos morreu e um de seus filhos, um bebê de 1 ano e 3 meses, está desaparecido depois de a casa na qual moravam, no fim da Rua do Ocidente, no bairro periférico de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador, ser parcialmente destruída por um deslizamento de terra, na manhã desta segunda-feira. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil seguiam no local durante a noite, tentando localizar o bebê.
O deslizamento ocorreu pouco antes das 8 horas, quando cinco moradores do imóvel, de dois andares, se preparavam para sair. Vizinhos da casa ajudaram a retirar três pessoas do local, com ferimentos leves. Tainã de Jesus foi localizada sob os escombros por volta das 16 horas. Apesar de ter recebido atendimento médico ainda antes de ser retirada do imóvel, a jovem não resistiu aos ferimentos.
A forte chuva que atingiu a cidade entre a noite de domingo e o começo da tarde desta segunda-feira causou muitos transtornos. Algumas das principais vias da cidade, como a Avenida Paralela, a mais movimentada de Salvador, tiveram trechos interditados por alagamentos.
Um deslizamento de terra fechou, ainda no domingo, a Avenida Contorno, uma das principais ligações entre as Cidades Alta e Baixa. Parte do trânsito foi liberada no fim da manhã desta segunda, mas houve diversos congestionamentos na região do centro ao longo do dia.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu, entre a manhã de domingo, 16, e a desta segunda, em Salvador, 61,8 milímetros e a média histórica de chuvas na cidade em junho, de 251 milímetros, já foi atingida.
Protesto no Rio de Janeiro.
Ao menos 28 pessoas ficaram feridas em confrontos no Rio.
RIO - Ao menos 28 pessoas, das quais 20 policiais militares, ficaram feridas durante os confrontos ocorridos na noite de ontem durante a megamanifestação contra o aumento dos preços dos transportes públicos. Quatro das vítimas foram atingidas por tiros.
O levantamento da Secretaria de Saúde do Rio é preliminar. A quantidade de feridos pode crescer durante o dia.
Os PMs que precisaram ser levados a hospitais integravam o grupo de 72 que permaneceram sitiados dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Eles foram atacados a pedradas e coquetéis molotov quando formavam um cordão de segurança em frente à escadaria do Palácio Tiradentes (sede do Legislativo fluminense).
Acuados, trancaram-se dentro da Alerj, onde formaram barricadas com sofás, móveis e latõess de lixo na entrada principal, pela avenida Primeiro de Março, e pelos acessos laterais da rua da Assembleia.
Oito manifestantes também foram hospitalizados, quatro deles baleados. Leonardo Silva e Leandro Silva dos Santos receberam tiros nas pernas e estão no Hospital Municipal Souza Aguiar (Centro). Bruno Alves dos Santos, levado para o Hospital do Andaraí, recebeu um tiro no ombro esquerdo. O nome do quarto baleado ainda não foi divulgado.
Os quatro manifestantes com ferimentos espalhados pelo corpo, vitimados por pedradas e espancamentos, foram liberados no decorrer da madrugada.
Ao redor da Alerj, a situação, ao amanhecer, era desoladora. As carcaças de dois carros queimados na lateral do palácio (rua São José)impressionava os quem chegavam ao Rio pelas barcas de passageiros que ligam a capital ao município de Niterói.
A destruição parcial do prédio histórico e as pichações em todas as edificações da região da Praça 15 destacavam-se em uma paisagem repleta de garis e profissionais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), que ocuparam a área ao final da noite de ontem.
Praticamente todas as lojas, bares, restaurantes, farmácias e bancos nas ruas da Assembleia e São José foram depredados e saqueados.
sábado, 15 de junho de 2013
Cabral vai pressionar prefeitos do PT nesta segunda.
Em almoço, governador vai empurrar Pezão
Jornal do Brasil
Hoje às 19h00
Sérgio Cabral vai exercer todo seu poderio econômico e político de governador do estado para pressionar os dez prefeitos do PT no Rio a darem apoio ao vice, Pezão, na campanha do próximo ano. O encontro, marcado para um almoço no Palácio Guanabara, será uma continuação da reunião realizada no último dia 11 pelo prefeito de Niteroi, Rodrigo Neves – ex-secretário de Cabral – que tinha o mesmo objetivo e representou um confronto com a decisão do Diretório Estadual do PT que decidiu pela candidatura própria.
O jovem e arrojado Rodrigo Neves, de 37 anos, levou um puxão de orelha da bancada do PT na Assembleia Legislativa por ter organizado a reunião com os prefeitos. Ao final desse encontro, a maioria dos dez prefeitos petistas não assinou a nota distribuída pela assessoria de Neves e, constrangidos e acuados, sequer comentaram a reunião. A segunda etapa da pressão, no almoço desta segunda, também colocará os prefeitos numa situação difícil. Segundo uma alta fonte do PT do Rio, não há como eles recusarem o ”convite” de Cabral e o encontro, ressalta, deverá ser “um verdadeiro festival de constrangimentos”.
O almoço organizado pelo governador faz parte de sua tática de manter o PT do Rio sob tensão e, indiretamente, pressionar a presidente Dilma a aceitar Pezão como candidato único nas eleições do próximo ano. Aproveitando-se de um momento delicado por que passa a presidente, Cabral não deixa passar o momento que lhe é favorável e volta à carga usando todas as armas que estão à sua disposição.
Fazendo as pazes
Na passagem de Dilma pelo Rio, para lançar o PAC 2 na Rocinha, Cabral e Pezão organizaram uma verdadeira claque formada por moradores de outros bairros que lotaram diversos ônibus fretados, para dar um clima de campanha ao evento. Para Dilma não restou alternativa a não ser um discurso educado e de reafirmação da parceria com o governador. Nesse momento, para a presidente, não seria interessante manter uma relação estremecida com Cabral, após ficar sob ataque da mídia por conta dos resultados dos indicadores econômicos. Recentemente, Dilma e Cabral tiveram as relações abaladas por conta do açodamento do governador de empurrar o vice como candidato único da coligação.
Dilma precisa de Cabral e da parcela da opinião pública carioca que apoia o governador. Ao participar do evento na Rocinha, a presidente sinalizou com uma trégua para não ter abalos em sua pré-campanha e nem agravar o quadro de sua popularidade. O momento delicado em que se encontra a presidente, com queda de aceitação, mesmo que ainda não esteja em níveis preocupantes, acaba reduzindo sua atuação política. Por seu lado, Lindbergh Farias, pré-candidato do PT ao governo do Rio, estrategicamente sai de campo e se preserva. Por enquanto, o placar está favorável a Cabral, mas como ainda falta um longo caminho para as urnas, muita coisa pode mudar.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Policiais e manifestantes entram em confronto no centro do Rio.
Protesto contra aumento das passagens de ônibus teve confusão e pelo menos 30 detidos
Integrantes de uma manifestação contra o aumento no preço das passagens de ônibus no Rio voltaram a entrar em confronto com policiais militares no centro do Rio, a exemplo do que aconteceu na semana passada. Pelo menos 30 pessoas teriam sido detidas.
O protesto começou de forma pacífica em frente à escadaria da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), às 16h. No entanto, ao anoitecer, os manifestantes tomaram ruas importantes do centro e a confusão começou.
Policiais usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Integrantes do protesto lançaram pedras contra os agentes.
A avenida Presidente Vargas ficou interditada entre as 19h e as 19h20, no sentido Tijuca, conforme informou o Centro de Operações Rio. A avenida Presidente Antônio Carlos só teve o trânsito normalizado por volta das 20h30.
No fim da noite, os manifestantes permaneceram realizando gritos de protesto em frente à 5ª DP, no centro, para onde os detidos foram levados.
domingo, 9 de junho de 2013
Acidente em Minas Gerais
MG: acidente com 8 veículos mata 1 criança e fere 6 na Fernão Dias.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos três dos feridos que tiveram lesões mais graves foram levados ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Não há informações sobre as demais vítimas.
As crianças envolvidas no acidente não estariam na cadeirinha obrigatória. O acidente ocorreu no km 508 da rodovia, no sentido Belo Horizonte. A pista no sentido São Paulo chegou a ficar parcialmente interrompida, mas já foi liberada - apenas a via no sentido para a capital mineira continuava fechada às 15h30.