As inúmeras manifestações pelo país levaram a presidente Dilma Rousseff a mudar sua agenda de viagens para os próximos dias, cancelando a visita que faria ao Japão e adiando a reunião que faria com governadores do Nordeste em Salvador.
"Ela não quer ficar uma semana longe do Brasil neste período de manifestação", argumentou a secretaria de comunicação da Presidência da República nesta quinta aos jornalistas.
A Presidência não informou ainda uma nova data para as viagens.
No Japão, a presidente cumpriria uma agenda oficial de reuniões com o primeiro-ministro Shinzo Abe e com o imperador Akihito, entre os dias 26 e 28 de junho. Ela também participaria de uma reunião com empresários.
Em Salvador, havia previsão de que ela anunciasse um plano de financiamento para a agricultura para a região do semiárido.
A secretaria de imprensa argumentou que os governadores estavam envolvidos com a realização da Copa das Confederações e que, por isso, seria melhor fazer o anúncio em outra data.
Os protestos levaram centenas de milhares de pessoas às ruas, que inicialmente reivindicavam redução no preço das passagens do transporte público.
Depois de alguns dias, porém, as manifestações ganharam corpo e a pauta de reivindicações ficou difusa e incorporou reclamações contra a corrupção, gastos para realização da Copa do Mundo e até mesmo matérias legislativas como a Proposta de Emenda Constitucional que limita o poder de investigação do Ministério Público, a chamada PEC 37.
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