quarta-feira, 10 de julho de 2013

Banco Central eleva taxa de juros para 8,5% Jornal do Brasil Hoje às 20h15 - Atualizada hoje às 20h38.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou a previsão de economistas e elevou a taxa de juros para 8,5%, uma alta de 0,5 ponto percentual. Este foi o terceiro aumento consecutivo da taxa Selic.

Os analistas projetam ainda mais duas elevações este ano para a taxa de juros, que deverá fechar 2013 em 9,25% ao ano.

Ao fim da reunião do Copom foi divulgado um comunicado com a seguinte frase: "Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 8,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".

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A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) decidiram revisar para baixo as estimativas de crescimento do varejo para 2013, após o Banco Central (BC) anunciar o aumento da taxa básica de juros em meio ponto percentual. Agora, a expectativa das entidades é de que haja uma queda no volume de vendas no comércio e que o setor encerre o ano com um crescimento real de 4,5%. Antes do anúncio da elevação da Selic, as entidades trabalhavam com a previsão de 5%.

Na avaliação da CNDL e do SPC Brasil, a atual política de aumento dos juros sem contenção de gastos públicos está levando o país a patamares baixíssimos de crescimento. Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o controle da inflação precisa ser feito primeiramente por meio de arrocho dos gastos públicos e só depois por meio do aumento taxa básica de juros.

“Neste momento, o governo brasileiro deveria fazer um sacrifício político e enxugar as despesas públicas para controlar a inflação. Aumentar os juros é um remédio que deve ser usado somente em último caso, porque reduz o consumo, diminui os investimentos e piora a situação das famílias endividadas”, disse Pellizzaro Junior.

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